No dia 31 de Agosto de 2016 os bolsistas de iniciação à docência observaram e ministraram aulas supervisionadas sobre Força Magnética sobre Cargas Elétricas.
Iniciamos as aulas explicando aos alunos que a força magnética só aparece quando uma carga elétrica em movimento cruzar as linhas do campo magnético. Esta foi a melhor estratégia didática que encontramos para explicar a relação matemática que descreve a força magnética:
Para representar a carga elétrica em movimento nós utilizamos um canudinho eletrizado por atrito que “grudava na lousa” por atração eletrostática. O comprimento do canudinho representava o vetor velocidade. A força magnética só surgia no caso em que o canudinho cruzava as linhas de campo magnético desenhadas na lousa.
Na sequência resolvemos alguns exemplos na lousa que envolviam a utilização da fórmula da força magnética e propomos uma lista de exercícios para casa.
Para explicar a direção e o sentido da força magnética nós utilizamos duas estratégias. Primeiro montamos uma representação 3D da famosa “Regra da Mão Esquerda” na qual os vetores velocidade da carga (positiva), campo magnético e força magnética foram representados por palitos de churrasco fixados perpendicularmente entre si em uma tampinha de garrafa pet. Com o modelo 3D em mãos os alunos puderam treinar a sua representação utilizando os dedos da mão esquerda. Comentamos que o ângulo entre V e B não precisava ser necessariamente de 90 graus.
A segunda estratégia, que preferimos por acharmos mais fácil de memorizar e representar, foi a “Regra do Tapa da Mão Direita”:
Para demonstrar a validade das duas regras acima nós montamos um aparato experimental no qual um fio condutor, livre para subir ou descer, passa por uma região na qual um campo magnético é gerado por dois ímãs de neodímio.
Quando o fio é percorrido por uma corrente elétrica ele sofre a ação da força magnética e dependendo do sentido da corrente ele pode subir ou descer, derrubando (se a força for para cima) ou não (se a força for para baixo) a figura de um homenzinho colocada sobre os ímãs.
Para ilustrar o surgimento da força magnética nós desmontamos um alto falante e mostramos seus principais componentes: o fio por onde passa a corrente (bobina), o ímã que gera o campo magnético e o cone de papel (preso à bobina) que sofre a força magnética. O cone vai para frente e para trás gerando a onda sonora no ar.
Para tornar ainda mais claro o funcionamento do alto-falante nós montamos um modelo didático composto de uma bobina de fio esmaltado enrolada num tubo de papel e fixada em uma forminha de isopor. Nas extremidades da bobina conectamos um plug de áudio e ligamos na saída de som de um radinho de pilha.
Os alunos puderam verificar que o som só era reproduzido quando um ímã de neodímio fosse introduzido no interior da bobina.
Baseamos a montagem do alto-falante caseiro no vídeo apresentado a seguir:
Outro experimento realizado pelos alunos nas bancadas foi o motor elétrico simples baseado no mesmo princípio.
Os alunos também verificaram que para inverter o sentido de rotação da espira bastava inverter a polaridade das pilhas ou virar o ímã de ponta cabeça.
Esta aula mostrou que a utilização de experimentos didáticos de baixo custo torna o ensino de Física muito mais prazeroso e significativo.